Inseminação Intrauterina
A inseminação intrauterina (IIU) é uma técnica de reprodução humana que consiste em depositar uma amostra de sêmen já processado no interior da cavidade uterina. É um tratamento indicado para casais que possuem problemas como: infertilidade sem causa aparente (é aquele casal que mesmo após realizadas todas as investigações necessárias, não são encontradas causas aparentes), fator cervical (alteração no PH ou Muco Cervical), endometriose leve, fator masculino leve ou distúrbios ejaculatórios ou que impeçam a deposição do sêmen intravaginal.
Antes de qualquer indicação de tratamento, é recomendado realizar uma completa e perfeita avaliação física, clínica, ultrassonográfica e laboratorial do casal com o intuito de justificar e individualizar o protocolo de cada tratamento, minimizando o risco de indicações equivocadas e atraso em alcançar o objetivo da gravidez.
Após realizada a investigação, devem ser seguidas as etapas indicadas, no caso da inseminação intrauterina, são: acompanhamento da ovulação (sendo com uso de medicações ou ciclo ovulatório natural) com a ultrassonografia seriada (por ciclo, são realizados de três a quatro exames), o preparo do sêmen (procedimento este, chamado de processamento seminal realizado no laboratório de andrologia) e a inseminação intrauterina. Em resumo, após indicada a inseminação intrauterina, é iniciado o controle ultrassonográfico sempre no início do ciclo menstrual (primeiro ou segundo dia de sangramento vaginal) e sendo utilizadas as medicações, elas terão início a partir do segundo dia do ciclo menstrual, dependendo sempre do esquema farmacológico proposto ou até mesmo realizado com ciclos naturais (sem uso de medicações).
Os ultrassons serão seriados e indicados conforme a necessidade e evolução da ovulação, sempre com o objetivo de programar o dia e a hora exata da ovulação. Neste dia, o parceiro virá até a clínica e através da ejaculação natural, é adquirida uma amostra do sêmen do parceiro, sendo a mesma, preparada no laboratório de andrologia de forma a recuperar os espermatozoides mais aptos para a fecundação. Depois de selecionados, os espermatozoides são colocados num cateter apropriado para a inseminação e introduzidos através do colo do útero para depois serem depositados ou inseminados na cavidade uterina.
Este procedimento é indolor, não é necessário nenhum preparo especial e todas as etapas do procedimento são realizadas sempre com o cônjuge ao lado. Depois da inseminação, a paciente permanecerá alguns minutos em repouso e então, poderá retornar para as suas atividades.
A inseminação intrauterina tem uma probabilidade de êxito de aproximadamente 15-20% por tentativa. O número de inseminações que serão realizadas depende de muitos fatores, mas não é recomendada mais de 2-3 tentativas. Caso não haja sucesso através desta técnica, o mais aconselhável é tentar com técnicas de reprodução assistida como a fertilização in vitro (FIV) ou injeção de espermatozoide intracitoplasmática (ISCI).
