Injeção Intracitoplasmática de Espermataozóides (ICSI)
Este tratamento surgiu como recurso terapêutico de patologias masculinas graves. Para início deste tratamento, deve-se proceder como já descrito no tratamento de fertilização in vitro, realizando os exames laboratoriais e ultrassonográficos e propondo a indução de ovulação individualizada para cada casal.
Dessa forma, é possível programar a punção ovariana no dia e horário mais apropriado, ou seja, a diferença primordial está no laboratório, porque para a obtenção do sucesso na fertilização do óvulo, a técnica utilizada é totalmente diferente. Após a obtenção do gameta feminino (ovócito) e do gameta masculino (espermatozoide), já descritos no tratamento de fertilização in vitro, a técnica é desenvolvida no laboratório, sendo apropriado tanto com profissionais capacitados, como com equipamentos de alta tecnologia, onde são supervisionados e atualizados regularmente.
As taxas de sucesso do tratamento estão ligadas diretamente a capacidade e interação entre o profissional e os equipamentos. Por isso, a manutenção periódica e o controle de qualidade de um laboratório são primordiais para se obter um excelente resultado no tratamento. Sabemos que um tratamento de reprodução assistida não é barato, mas também é preciso saber que todas estas manutenções e melhorias da qualidade também não são, por isso é necessário encontrar um meio termo para que possamos realizar o sonho de vários casais que estão precisando deste tratamento.
Nesta técnica de injeção intracitoplasmática, um único espermatozoide é injetado dentro do ovócito e ela é realizada através do microscópio invertido, onde utiliza-se um sistema de micromanipulação. Um preparo microscópico é realizado no gameta feminino (ovócito) e após a imobilização do gameta masculino (espermatozoide) este é aspirado para dentro de uma micro agulha de injeção, o ovócito é segurado pela micropipeta de sucção e a seguir, é realizada a injeção intracitoplasmática do espermatozoide, propriamente dita. E assim, será repetido o processo em todos os ovócitos capacitados. Logo após este procedimento, todos os ovócitos fertilizados serão colocados em meio de cultura apropriado e levados para a incubadora, dessa forma, eles ficaram sendo observados e avaliados por três a cinco dias, até o dia da transferência embrionária.
Após o período de três a cinco dias, ocorrerá a seleção dos embriões para a transferência. Neste momento, o médico responsável e a bióloga apresentarão ao paciente o resultado e após uma conversa, decidiram quantos embriões estarão aptos para que seja realizada a transferência e a possível criopreservação (assunto este, explicado no tópico de Criopreservação de Embriões).
A transferência embrionária é realizada com a paciente em posição ginecológica e após colocação do espéculo vaginal é realizada a “limpeza do colo uterina” com meio de cultura com o objetivo de retirar o excesso de muco. Todo o procedimento é guiado por ultrassonografia e quando o cateter de transferência está pronto, é iniciada a sua introdução através do colo uterino com a colocação embrionária no terço médio da cavidade uterina, procedimento este indolor.
Após a finalização, a paciente ficará em repouso por aproximadamente vinte minutos, sempre ao lado de seu cônjuge. No momento da alta, é iniciado o uso de algumas medicações com o intuito de realizar a manutenção da fase lútea que garante o suporte hormonal apropriado para garantir a receptividade endometrial e a implantação embrionária.
Após quinze dias é realizado o teste de gravidez, onde é aguardado com muito otimismo e esperança a concepção e uma gestação repleta de saúde e amor.